domingo, 1 de abril de 2012

Solidão / Pânico





Solidão / Pânico

Séia mar

Solidão
O vento geme
Violentamente contorce a mangueira do quintal.
Galhos e frutas pulam no telhado.
Portas batem,
Os fantasmas da noite festejam com raios e trovões.
A Bolinha e a Chaninha debaixo da cama gemendo baixinho.
É uma noite longa e Eu, num silêncio mortal
Em solidão total, com olhos estatelados
Vejo as horas passar.
Três horas, quatro, cinco. Não consigo dormir
Cinco e quinze; o dia raiou.
O tempo se acalmou
Os pássaros começam a cantar,
O meu sono não chegou,
Lembro-me então da casa cheia,
Meninos e meninas brincando no quintal.
Ora sorrindo, ora chorando, ora brigando,
Mas sempre a minha vida alegrando.
Hoje, eu só, na casa vazia
me pergunto:
Onde estão eles?
Estavam sempre comigo!
Onde estão agora?
Cresceram asas e voaram!
Eu não queria chorar
Mas na minha solidão
Apenas chorei.

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