sexta-feira, 1 de março de 2013



                   


           
 O TEMPO


O tempo vai nos consumir. Sabemos disto, mas quem sabe... Pode ser que a gente consiga consumir o tempo
 As mãos serão as mesmas, lado a lado consumidas pelo tempo!
 E pelo tempo consumidos, os olhos estarão cansados. Talvez não tenham a mesma ternura, as palavras, mas terão a mesma confiança. O tempo vai nos consumir, mas antes que isto aconteça vamos juntos, lado a lado nos ensinar a consumir o tempo. Assim, amanhã, teremos passado, mas o tempo terá ficado para sempre, como no primeiro dia
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                                              (Camargos)



sábado, 29 de dezembro de 2012

   Saudades,  muita saudade.


Eu a chamava de Amélia. Sim, porque ela era mulher de verdade.
No Lar e do Lar.
Vivia para a família.
Zelosa, lutadora, boa mãe e excelente esposa.
Dessas que sabem perdoar e abençoar mesmo quando ofendida.
Mulher sábia embora não tenha cursado nenhuma faculdade de Ensino.
Também quem pode afirmar que  para ter um caráter forte e bom, uma boa educação, é necessário cursar uma boa faculdade de ensino e fazer um "Mestrado em Educação"? Ser um Doutor qualificado na área de Educação, não significa ser educado. Mas ELA foi.
Sem diploma na mão ela foi uma verdeadeira Dama.
Sorridente, mesmo quando tinha mil motivos para chorar.
Muitas vezes eu na minha loucura conhecida, Com minhas frases amalucadas como: "Sei lá  quem sou",  "um monstro anda me seguindo". Ela sorrindo dizia: odicéia "besta" E KKKKKKKKKKKK.
Ela ficou doente. E quantas vezes eu também adoeci.
Eu senti que ela não estava bem e resolvi esperar que ela se restabelecesse para ir congratular-me com ela. Eu não podia acreditar que ela tão cheia de vida pudesse deixar-nos assim tão derrepente.
Quão "burra" fui eu. Não fui capaz de acreditar no que eu mesma vivo escrevendo e postando por aí.
Não somos donos do Tempo,  nem da vida, nem de nós mesmos. Só Deus é nosso dono e dono de tudo. Ele recolhe os seus filhos quando determina e não podemos questionar.

Ela não melhorou e se foi deixou-nos com as nossas tristezas e com as lembranças de suas risadas que jamais esqueceremos.

   Jamais lhe direi Adeus.
    Até breve sim.

                                                   homenagerm póstuma

sábado, 8 de dezembro de 2012




     

Solidão
odisséia/fLOR Insônia e Pânico...O vento geme. A mangueira do quintal se contorce violentamenteGalhos e frutas pulam no telhado vindo de todos os lados numa dança maluca.Portas se batem! As nuvens derramam suas lágrimas que inundam a terra.Bruxas e os fantasmas da noite festejam com raios e trovões. A Bolinha e a Chaninha debaixo da cama gemendo baixinho.É uma noite longa e fantasmagórica! Eu, num silêncio mortal em total solidão vendo estatelada tamanha confusão. As horas não passam mas os címbalos insistem badalando.Três horas, quatro, cinco. Não consigo dormirCinco e quinze; Epa! o dia raiou.O tempo se acalmouOs pássaros começam a cantar,O meu sono não chegou,Lembro-me então: minha casa cheia,Meninos e meninas brincando no quintal.Ora sorrindo, ora chorando, ora brigando,Mas sempre a minha vida alegrando.Hoje, eu só, nessa casa vazia sem querer chorarme pergunto:Onde estão eles?Estavam sempre aqui. Onde estão agora?Cresceram asas e voaram!e eu não querendo chorar, CHOREI.

 
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terça-feira, 20 de novembro de 2012

Tormentos da Alma

Vida em versos
Mesmo Assim...

A gente nasce,
Cresce, envelhece, vive, sofre, luta.
Ainda assim se sobrevive.

Tem alegrias, apatias,
Labores e dissabores
E ainda assim se sobrevive.

Apaixona-se, ilude-se.
Casa-se e divorcia-se
E ainda assim a vida continua.

Hoje crianças,
Amanhã adultos
A velhice e a despedida.

Brincadeiras, sorrisos,
Lágrimas, gratidão e ingratidão.
Caminhos, pedras, pés que sangram.

 Mãos que acariciam
Peitos que amamentam
Braços que abraçam.

Bocas que abençoam,
Corações que choram
Mágoas que se perdoam

Caminho espinhoso.
Flores entre os espinhos
Terra, Sol e Chuva que vivifica.

A gente nasce,
Por tudo isso passa
E... Sonha

Sonhando, sofrendo,
Perdoando e amando,
Se sobrevive e
Vale a pena Viver.



odisséia
16/04/09

sábado, 17 de novembro de 2012

Saudades de Governador Valadares




Eu não sei se fico ou se vou.
Se aqui eu fico, para lá quero voltar.
Mas se pra lá eu vou, que vontade de correr pra cá.
Saudades das praias lindas, do vento a gemer,
Da brisa suave do mar a sussurrar como um bichinho a roncar.
Volto. Venho correndo no trem de ferro a balouçar.
Aqui chegando, que saudade do Rio Doce!
Traiçoeiro como ele só!
Um gigante mansinho, uma grande serpente deslizando para o mar.
Quando se enfurece, fujam pra longe. Ele vai tudo levar.
A Ibituruna!, meu Deus! Que coisa linda!
Vence o tempo, as intempéries os incêndios mas não sai do seu lugar!
E eu aqui sem saber pra onde ir.
Não sei se fico aqui na beira do mar (Serra- ES )
Ou se volto para lá a terra do Sol ardente
Que queima a pele da gente.
Metade de mim quer ir.
Metade de mim que ficar.
Se vou, quero voltar
Se fico quero ir pra lá!

             odisséia

domingo, 11 de novembro de 2012

                      

               
Ao Idoso
de odisséia
para
a D. Dolores (vovó)

Doçura, amargura, ternura.
No seu olhar vago fixo em nenhum lugar.
É o fantasma da dura vida que não lhe abandona
Fica e tortura.
São lembranças tristes e amargas.
...
Saudades da felicidade vivida e compartilhada.
Planos ficados pra trás, vidas que se foram.
Filhos que se metamorfomizaram e voaram para longe.
Pro alto ou pra baixo.
O vazio deixado, o coração dilacerado, a solidão nefasta.
Como dizer a essa “figura”. Você está na melhor idade.
Tenha fé, Bom ânimo!
Esqueça a amargura, abandone as saudades!,
Esquecer é para quem não tem memória
e saudade é para quem tem coração!
Vamos minha bondosa vovó, se desejar chorar, chore.
Se desejar sorrir, sorria. Dê até gargalhadas.
Viva todos os momentinhos de felicidade que a vida lhe oferecer.
Porque a vida é feita de momentos.
Viva-os intensamente.

odisséia
Feu-Rosa
Serra – ES   (96 anos é para se respeitar!)

domingo, 28 de outubro de 2012

           

        


Esconda-me Senhor,
Esconda-me na nuvem
De Glória lá nas alturas.
Esconda-me nas estrelas.;
Aperta-me nos Teus braços.
 
Onde eu não possa ser achado.
O pecado não me alcance
O inimigo não me encontre
O orgulho não me atinja
Os aplausos não me afetem
Os prazeres não me separem de Ti
Senhor, não tire o Seu olhar de mim.
odisséia