sábado, 29 de dezembro de 2012

   Saudades,  muita saudade.


Eu a chamava de Amélia. Sim, porque ela era mulher de verdade.
No Lar e do Lar.
Vivia para a família.
Zelosa, lutadora, boa mãe e excelente esposa.
Dessas que sabem perdoar e abençoar mesmo quando ofendida.
Mulher sábia embora não tenha cursado nenhuma faculdade de Ensino.
Também quem pode afirmar que  para ter um caráter forte e bom, uma boa educação, é necessário cursar uma boa faculdade de ensino e fazer um "Mestrado em Educação"? Ser um Doutor qualificado na área de Educação, não significa ser educado. Mas ELA foi.
Sem diploma na mão ela foi uma verdeadeira Dama.
Sorridente, mesmo quando tinha mil motivos para chorar.
Muitas vezes eu na minha loucura conhecida, Com minhas frases amalucadas como: "Sei lá  quem sou",  "um monstro anda me seguindo". Ela sorrindo dizia: odicéia "besta" E KKKKKKKKKKKK.
Ela ficou doente. E quantas vezes eu também adoeci.
Eu senti que ela não estava bem e resolvi esperar que ela se restabelecesse para ir congratular-me com ela. Eu não podia acreditar que ela tão cheia de vida pudesse deixar-nos assim tão derrepente.
Quão "burra" fui eu. Não fui capaz de acreditar no que eu mesma vivo escrevendo e postando por aí.
Não somos donos do Tempo,  nem da vida, nem de nós mesmos. Só Deus é nosso dono e dono de tudo. Ele recolhe os seus filhos quando determina e não podemos questionar.

Ela não melhorou e se foi deixou-nos com as nossas tristezas e com as lembranças de suas risadas que jamais esqueceremos.

   Jamais lhe direi Adeus.
    Até breve sim.

                                                   homenagerm póstuma

sábado, 8 de dezembro de 2012




     

Solidão
odisséia/fLOR Insônia e Pânico...O vento geme. A mangueira do quintal se contorce violentamenteGalhos e frutas pulam no telhado vindo de todos os lados numa dança maluca.Portas se batem! As nuvens derramam suas lágrimas que inundam a terra.Bruxas e os fantasmas da noite festejam com raios e trovões. A Bolinha e a Chaninha debaixo da cama gemendo baixinho.É uma noite longa e fantasmagórica! Eu, num silêncio mortal em total solidão vendo estatelada tamanha confusão. As horas não passam mas os címbalos insistem badalando.Três horas, quatro, cinco. Não consigo dormirCinco e quinze; Epa! o dia raiou.O tempo se acalmouOs pássaros começam a cantar,O meu sono não chegou,Lembro-me então: minha casa cheia,Meninos e meninas brincando no quintal.Ora sorrindo, ora chorando, ora brigando,Mas sempre a minha vida alegrando.Hoje, eu só, nessa casa vazia sem querer chorarme pergunto:Onde estão eles?Estavam sempre aqui. Onde estão agora?Cresceram asas e voaram!e eu não querendo chorar, CHOREI.

 
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