terça-feira, 20 de novembro de 2012

Tormentos da Alma

Vida em versos
Mesmo Assim...

A gente nasce,
Cresce, envelhece, vive, sofre, luta.
Ainda assim se sobrevive.

Tem alegrias, apatias,
Labores e dissabores
E ainda assim se sobrevive.

Apaixona-se, ilude-se.
Casa-se e divorcia-se
E ainda assim a vida continua.

Hoje crianças,
Amanhã adultos
A velhice e a despedida.

Brincadeiras, sorrisos,
Lágrimas, gratidão e ingratidão.
Caminhos, pedras, pés que sangram.

 Mãos que acariciam
Peitos que amamentam
Braços que abraçam.

Bocas que abençoam,
Corações que choram
Mágoas que se perdoam

Caminho espinhoso.
Flores entre os espinhos
Terra, Sol e Chuva que vivifica.

A gente nasce,
Por tudo isso passa
E... Sonha

Sonhando, sofrendo,
Perdoando e amando,
Se sobrevive e
Vale a pena Viver.



odisséia
16/04/09

sábado, 17 de novembro de 2012

Saudades de Governador Valadares




Eu não sei se fico ou se vou.
Se aqui eu fico, para lá quero voltar.
Mas se pra lá eu vou, que vontade de correr pra cá.
Saudades das praias lindas, do vento a gemer,
Da brisa suave do mar a sussurrar como um bichinho a roncar.
Volto. Venho correndo no trem de ferro a balouçar.
Aqui chegando, que saudade do Rio Doce!
Traiçoeiro como ele só!
Um gigante mansinho, uma grande serpente deslizando para o mar.
Quando se enfurece, fujam pra longe. Ele vai tudo levar.
A Ibituruna!, meu Deus! Que coisa linda!
Vence o tempo, as intempéries os incêndios mas não sai do seu lugar!
E eu aqui sem saber pra onde ir.
Não sei se fico aqui na beira do mar (Serra- ES )
Ou se volto para lá a terra do Sol ardente
Que queima a pele da gente.
Metade de mim quer ir.
Metade de mim que ficar.
Se vou, quero voltar
Se fico quero ir pra lá!

             odisséia

domingo, 11 de novembro de 2012

                      

               
Ao Idoso
de odisséia
para
a D. Dolores (vovó)

Doçura, amargura, ternura.
No seu olhar vago fixo em nenhum lugar.
É o fantasma da dura vida que não lhe abandona
Fica e tortura.
São lembranças tristes e amargas.
...
Saudades da felicidade vivida e compartilhada.
Planos ficados pra trás, vidas que se foram.
Filhos que se metamorfomizaram e voaram para longe.
Pro alto ou pra baixo.
O vazio deixado, o coração dilacerado, a solidão nefasta.
Como dizer a essa “figura”. Você está na melhor idade.
Tenha fé, Bom ânimo!
Esqueça a amargura, abandone as saudades!,
Esquecer é para quem não tem memória
e saudade é para quem tem coração!
Vamos minha bondosa vovó, se desejar chorar, chore.
Se desejar sorrir, sorria. Dê até gargalhadas.
Viva todos os momentinhos de felicidade que a vida lhe oferecer.
Porque a vida é feita de momentos.
Viva-os intensamente.

odisséia
Feu-Rosa
Serra – ES   (96 anos é para se respeitar!)