sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Desejo

Odisséia


Eu queria que o tempo parasse
E de cismar eu deixasse
Que eu me transformasse num silfo
E de lá pra cá eu voasse.
Que as lembranças da infância
Embalassem o meu sono e
De tanta saudade eu não chorasse.

Eu queria que a infância nunca acabasse
Que a juventude no meu coração eu guardasse
Lá bem no fundo ela ficasse.
Então eu viveria as delícias da aurora
Delirando-me com as cores do por do sol.
E menos eu correria
Nem tanto me estressaria.

Mui feliz eu faria o meu trabalho
Sem nunca deixar de brincar.

Mas o tempo não parou
A infância a juventude e os amores levou.
E eu sem perceber, aqui a cismar eu fiquei.
Quem sabe se o tempo parasse
O mar se aquietasse, o Sol nunca se fosse,
A Lua iluminasse pra sempre o céu
Minhas dores cessariam e minh’alma adormeceria!

Quão feliz hoje eu seria
Como criança eu brincaria e sorriria de prazer!

E o tempo passou e minha vida levou.
Deixou minhas lembranças e minhas dores.
Hoje, fingindo felicidade
No meu cantinho remôo as saudades...
E de saudade em saudade
Caminhando eu sempre estou.
E vagando e divagando levo a vida a vagar.
Até quando cara a cara
Com o tempo eu me defrontar.

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