Insônia
De: odisséia
Em 27/03/2005
Noite comprida, silenciosa e triste.
Sozinha em casa, ouço o vento gemer
Com sua força impulsiva sem nada poupar.
São portas batendo, árvores se contorcendo,
Vendo o vento seus galhos e folhas levar.
Os animais se recolheram
Até mesmo a gata e o cão meus companheiros!
Eu, num silêncio mortal
Em solidão total, de olhos abertos
Vejo as horas impiedosamente passar.
Três horas, quatro, cinco
Não consigo dormir
Cinco e quinze; o dia raiou.
Os pássaros começam a cantar
Ma o meu sono não chegou,
Lembro então da minha casa cheia,
Meninos e meninas brincando no quintal.
Ora sorrindo, ora chorando, ora brigando,
Mas sempre a minha vida alegrando.
Hoje, só, na casa vazia eu me pergunto:
Onde estão os meus “bebês”
Que com tanto carinho os velei?
No passado eram quatro sempre comigo!
Agora, onde eles estão?
Criaram asas e voaram!
Sozinha eu apenas fiquei.
Eu não queria chorar
Mas respondendo a minha pergunta
Apenas chorei.
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