terça-feira, 4 de outubro de 2011


FORMAM-SE AS FLORES

Autor: Márcia Cristina

Hoje, calou-me a ausência de flores
Acordei e vi o vento varrendo meu jardim
O orvalho que molhou pétalas,
Apresentou-se em lágrimas deslizando minha face
Fiquei triste sem querer.

Antes de dormir,
Meu jardim estava aqui, com borboletas assaltando rosas
Cujo vermelho, como em meus lábios
Era tinta
Presenciando o encontro caricato da flor e da dor
Com meu sangue mascarado em cor, que ora se pinta.

Hoje, acordei meio sem vida,
Sonhei o sonho beirando a loucura
E pus-me fatigado, em clausuras
Como pássaro que desaprende de voar.
O vermelho, nos meu lábios, era tinta
No sonho, na flor e na dor,
Que ora se pinta.

Meu suspiro era vinda, meu riso, era ida.
Hoje, foram-se as flores,
E eu fiquei aqui,
Meio sem vida.

Nenhum comentário:

Postar um comentário